Existem vários tipos de comportamentos que são inapropriados e que
podem afetar o bem-estar na sala de aula, nos laboratórios e nas
relações de trabalho. Essas atitudes são danosas, trazem sentimentos
de vulnerabilidade e isolamento profissional, frequentemente atingindo
mais as mulheres, pessoas de outros grupos que sofrem discriminação,
e/ou em posição de subordinação em uma hierarquia.
Uma vez que vários desses comportamentos ainda são comuns no nosso
dia-a-dia, apresentamos uma lista que pode ajudar a identificá-los,
evitá-los e denunciá-los.
- comportamento intimidador:
- palavras abusivas, intimidadoras,
humilhantes ou ameaçadoras podem gerar estresse e
constrangimento. Caracterizam assédio moral e as vítimas são
comumente grupos vulneráveis e minorias sociais.
- piadas de mau gosto:
- qual o intuito da “brincadeira”? Se ela
faz alguém se sentir mal, a piada está deixando de cumprir seu
intuito. A falta de reação pública não significa aceitação, pois nem
sempre há espaço para a pessoa constrangida se manifestar. No fundo,
essas “brincadeiras” só reforçam estereótipos e vieses, explícitos ou
implícitos.
- toques inconvenientes:
- contatos físicos invasivos, abusivos e
insistentes geram desconforto e constrangimento, devendo ser
evitados, sendo comum viés de gênero e de posição hierárquicas na
frequência e tipo desse contato.
- imagens ofensivas ou que reforçam estereótipos e preconceitos:
- deve-se tomar cuidado com as imagens veiculadas em apresentações e
palestras, evitando aquelas que reforçam estereótipos de gênero
(como a objetificação da mulher e homofobia), de raça ou qualquer
outro.
- perseguição (“stalking”):
- importunação, perseguição obsessiva e
insistente devem ser denunciados, não sendo aceitáveis em nossa
comunidade.
- tratamento discriminatório:
- deve-se dar chances e oportunidades
iguais a todos(as) em ambientes de trabalho, evitando associações
entre tarefas específicas e estereótipos de qualquer tipo, os quais
têm prejudicado a formação profissional de pessoas em grupos que
sofrem discriminação, como as mulheres, negros, indígenas, LBGTQI+.
Se você vivenciou ou presenciou situações como as descritas acima,
busque apoio institucional. A Secretaria do PPGE trata com sigilo,
seriedade e respeito qualquer caso desta natureza, relatados pelos(as)
afetados(as) ou terceiros(as). Os(As) representantes discentes junto ao
PPGE também têm experiência em ajudar nestes casos. Nosso Instituto
tem ainda a comissão IB Mulheres (mulheres@ib.usp.br), para casos de
discriminação e violência de gênero
(https://mulheres.ib.usp.br/).
Footnotes
- 5.1
- Orientações preparadas pela Comissão IB Mulheres, adaptado para contemplar outros grupos que são alvo frequente de discriminação e assédio.