O que você deve fazer como estudante

  1. Participar ativamente da delimitação do tema e da forma de desenvolvimento de sua pesquisa.
  2. Buscar, ler e discutir com seu/sua orientador(a) as referências bibliográficas relevantes para o desenvolvimento de seu projeto.
  3. Conhecer e respeitar as normas do Programa e da Universidade de São Paulo.
  4. Participar de reuniões para tratar do desenvolvimento de seu trabalho (a frequência das reuniões deve ser acordada previamente com seu/sua orientador(a) ).
  5. Ser pontual nos encontros marcados e evitar interrupções externas.
  6. Participar ativamente da definição e nas reuniões do seu comitê de acompanhamento.
  7. Trabalhar nos momentos em que se espera que você esteja desenvolvendo seu projeto, respeitando-se horários e períodos de descanso e lazer.
  8. Informar-se previamente à matrícula sobre disciplinas que sejam de seu interesse (para sua formação e para o desenvolvimento de seu projeto) e discutir as melhores opções com seu orientador.
  9. Lembrar prazos importantes do Programa.
  10. Entregar com antecedência material que será discutido nas reuniões de comitê de acompanhamento ou em reuniões exclusivas com sua/seu orientador(a).
  11. Entregar versão final de seu projeto com antecedência, de modo que sua/seu orientador(a) possa revisá-la adequadamente.
  12. Contribuir para o seu desenvolvimento pessoal e principalmente do Programa participando das diferentes atividades coletivas fomentadas pelo programa e/ou pelo corpo discente, como EcoEscola, EcoEncontros, Café Existencial, Comissão PROEX, reuniões convocadas pela representação discente, eventos informais com outros docentes e estudantes (como "cafezinhos"), etc. Apesar da participação ser voluntária, todas essas instâncias são construídas coletivamente e solicitações de mudanças e melhorias no programa são tão fortes e legítimas quanto maior for a participação nos diferentes grupos e espaços democráticos disponíveis.

Sugerimos que, antes de se iniciar uma pós-graduação, orientador(a) e estudante conversem sobre as expectativas de cada um(a), usando como referência os tópicos acima. Por exemplo, é interessante que desde o início esteja acordado entre ambos a responsabilidade de cada parte pelo apoio financeiro e material que a pesquisa receberá. Quanto mais claro estiver para ambos(as) as responsabilidades de cada um na formação do estudante e na realização do projeto de pesquisa, maiores as chances de a(o) aluna(o) tirar melhor proveito do curso de pós-graduação e alcançar uma formação plena e satisfatória.

Também é importante lembrar que os tópicos acima não são exaustivos, mas já mostram o quão complexa é a relação entre aluno(a) e orientador(a). Esta relação depende muito de aspectos intrínsecos às personalidades dos envolvidos, ao ambiente de trabalho, aos objetivos, expectativas e valores de cada uma das partes e, eventualmente, à área de pesquisa em que o laboratório se insere (tendo em vista que diferentes áreas de pesquisa têm diferentes culturas de orientação). A relação em contextos de orientação acadêmica é um debate que tem ganhado espaço nas últimas décadas, inclusive como tema de pesquisa em educação. Se você deseja se aprofundar no assunto, sugerimos três trabalhos que abordam esta temática:

  1. Bastalich (2015). Content and context in knowledge production: a critical review of doctoral supervision literature. Studies in Higher Education, DOI: http://dx.doi.org/10.1080/03075079.2015.1079702
  2. Becker et al. (2010). Approaches to doctoral supervision in relation to student expectations. http://www.brand.lth.se/fileadmin/brandteknik/utbild/Pedagogik/resurser/Report__final_version_.pdf
  3. Acker et al. (1994). Thesis supervision in the social sciences: managed or negotiated. Higher Education, 28: 483-498.